terça-feira, 31 de maio de 2011

Partículas


[...] Vivemos num mundo que nos exige disciplina. A polidez é uma qualidade que devemos cultivar. Mas respeitar o outro não pode significar desrespeitar-se. Também não é o caso de viver de explosões, ou não dá tempo para se construir nada. Mas uma construção tem seus percalços, material desperdiçado, muros que se fazem de novo. A construção é uma soma de imperfeições em busca do melhor. Nunca estaremos acabados, nem sequer estará o amor. E aí mora um segredo.

Explodir é necessário. Nem tudo é dito com palavras. O barulho assusta, as faíscas metem medo, e mais gente pode ouvir. Mas o que explode se esgota. Não sobra nada para carregar.

Depois da explosão há uma calma assustadora. É nela que um e outro param para pensar. O susto e o medo nos tornam alertas para o que há de amor em nós. Imaginamos uma mudança, uma ruptura, e então se desenha o amor pelo outro dentro de nós.

Há tempo para a calmaria e a serenidade. Mas também há tempo para o turbilhão. Dos escombros se constroem mudanças e começa uma nova obra. Com mais janelas para respirar. Sem aquele degrau que fazia tropeçar. Nem tão bonita como antes, mas muito mais aconchegante.

O amor nem sempre é doce, nem sempre é pura harmonia. Saber dar ao outro a sua chance de viver o conflito, entender e falar sobre ele é uma das grandes atitudes de amor. Saber perdoar, dar colo, acolher. Aceitar o outro com seus buracos.

E dar as mãos mais uma vez, para continuar a viagem...
 | Cris Guerra |

"Que Deus me dê Serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, Coragem para mudar as que posso e Sabedoria para distinguir uma da outra.

domingo, 29 de maio de 2011

Solteira no Dia dos Namorados?





A tão pouco tempo do Dia dos Namorados, tem solteira bem-resolvida que se abala diante enxurrada de mensagens cor-de-rosa que juram: é impossível ser feliz sozinho. Até no seriado das personagens solteiras mais invejadas do mundo o final foi o mesmo: no último capítulo de Sex and the City, as quatro amigas terminaram com um namorado ou marido ao lado. Isso significa que finais felizes só são possíveis desse jeito?
Especialistas garantem que não, e ensinam que a culpa da infelicidade não é a falta de um companheiro, nem a pressão externa. A única responsável por sua felicidade é você mesma. “É um absurdo essa ideia de que para ser feliz tem que ter um par amoroso. Essa ideia gera muito sofrimento”, diz a psicanalista Regina Navarro Lins.
Problemas
E a dor pode vir de duas maneiras: para aquelas que ficam sozinhas em casa chorando no dia dos namorados e, o que talvez seja ainda pior, para as que se acomodam em uma relação insatisfatória porque acham que não vão achar nada melhor. “É uma procura desesperada, uma ansiedade que não deixa ninguém livre para escolher uma pessoa compatível. Aí a mulher fica a vida inteira tentando mudar o homem”, analisa Regina.


“O que mais vejo no consultório são os casos em que existe humilhação, o homem não dá segurança de seus sentimentos pela parceira e aqueles em que a mulher se contenta apenas com promessas, que nunca se concretizam. Muitas perdem anos da juventude à espera deste homem”, revela a psicóloga Laila Pincelli.

Claro que esse valor passado de geração para geração é difícil apagar de um dia para o outro. Ainda mais que tem sempre uma tia ou uma amiga pra “lembrá-la” constantemente de que você precisa “conhecer pessoas, ser menos exigente, ou continuará sozinha”. Aí chegamos a outro preconceito. “Solteira é um estado civil, sozinha é um estado de espírito”, lembra Laila. Afinal, você nunca se sentiu só estando rodeada por uma multidão?
Estar solteira não implica estar sozinha, de maneira alguma. Um emprego que te satisfaça, bons amigos, atividades que você adora e, eventualmente, alguém pra suprir suas vontades sexuais são mais do que necessários para qualquer pessoa se sentir plena. Colocar sua felicidade apenas em um dos aspectos da vida seria limitador e frustrante. “Não passa de uma grande bobagem esse senso comum dizendo que as mulheres só podem ter vida sexual com um parceiro fixo”, determina Regina. 
Bom humor neles
Mas não tem como negar: é uma chateação aqueles comentários maldosos de familiares e o olhar de pena quando descobrem que você está solteira. “Tem que lidar com muito deboche e autoestima. Lembro que uma tia uma vez virou pra mim e disse: ‘Você não quer nada com nada, né, querida?’ Eu respondi na lata: ‘Não, tia, adoro sair com estranhos’. 
Quem paga suas contas é você, então assuma sua posição e fique firme. Quem disse que a fórmula para ser feliz inclui ser casada, papel passado, ter filhos, até tal idade? Não! Quando alguém descobrir a fórmula da felicidade, me avisa”, brinca a jornalista e escritora Renata Rode, autora do livro “Separado, e Daí?” (Editora Parêntese).

Vantagens da solteirice
A verdade é que não estar em um relacionamento é muito mais fácil do que estar em um. Quando você tem um namorado, precisa pensar sempre nele, analisar se as decisões vão fazê-lo feliz também, contornar o mau humor alheio (além do seu), agradar a família do moço... E a lista de vantagens da solteirice é longa: o controle-remoto é só seu, você não precisa ligar pra avisar que chegou em casa, pode dar uma folga para a pele espaçando mais a depilação, dormir em uma cama enorme sem alguém puxando seu lençol ,e por aí vai. 

"Use o tempo livre pra investir em si mesma, fazer cursos, viagens, descobrir um hobby e passear com as amigas”, sugere Laila. “É claro que a solidão bate de vez em quando, mas canso de falar para minhas leitoras: vocês só vão encontrar alguém legal na vida (se quiserem) a partir do momento em que se amarem, se completarem e sentirem que não precisam de ninguém pra ser feliz”, conclui Renata.
Cáren Nakashima e Livia Valim, especial para o iG 

sábado, 28 de maio de 2011

FAMÍLIA


VOCÊ SABE O QUE SIGNIFICA FAMÍLIA EM INGLÊS ???
Tropecei em um 
estranho que passava e lhe pedi perdão.  
Ele respondeu:  
"desculpe-me, por favor; 
também não a vi." 
Fomos muito educados, seguimos nosso caminho e nos despedimos.
 Mais tarde, eu estava cozinhando e meu filho estava muito perto de mim.
Ao me virar quase esbarro nele. Imediatamente
gritei com ele;
ele se retirou sentido,
sem que eu notasse
quão dura que lhe falei.

 Ao me deitar Deus me disse suavemente: "Você tratou a um estranho de forma cortês, mas destratou o filho que você ama.
Vá a cozinha e irá encontrar umas flores no chão, perto da porta. 
São as flores que ele cortou e te trouxe: rosa, amarela e azul.
Estava calado para te entregar, para fazer uma surpresa e você não viu as lágrimas que chegaram aos seus olhos..."
 Me senti miserável e começei a chorar. Suavemente me aproximei de sua cama e lhe disse:
"Acorde querido! Acorde!
Estas são as flores que você cortou para mim?"
Ele sorriu e disse:
"Eu as encontrei junto de uma árvore, e as cortei, porque são bonitas como você,
em especial a azul."
 Filho, sinto muito pelo que disse hoje, não devia gritar com você.
Ele respondeu:
"está bem mamãe, te amo de todas as formas." 
Eu também te amo e adorei as flores,
especialmente a azul.... 

 Entenda que se você morrer amanhã, em questão de dias a empresa onde você trabalha cobrirá seu lugar. Porém, a Família que deixamos sentirá a perda pelo resto da vida.
Pense neles, porque geralmente nos entregamos mais ao trabalho que a nossa Família.
Será que não é uma inversão
pouco inteligente?

  
 
Então, que há detrás desta história?
Você sabe o significado de
Família em inglês? 

 F A M I L Y:
"Father And Mother I Love You"
(Papai e Mamãe, eu os amo) 
QUE DEUS BENDIGA A TODAS AS FAMÍLIAS !!!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

AMOR




Quando você encontrar alguém e esse alguém fizer
seu coração deixar de funcionar por alguns segundos...

Preste atenção...

Pode tratar-se da pessoa mais importante da sua vida

Se seus olhares se cruzarem e, nesse momento, existir o mesmo brilho intenso entre eles, fique atento...

Pode ser a pessoa que estava esperando desde o minuto em que você nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso,
se o beijo for apaixonado, e seus olhos se encherem de lágrimas
nesse momento...

Perceba...

Existe algo mágico entre vocês.

Conselhos de Um Velho Apaixonado
Se o primeiro e o último pensamento de seu dia for essa pessoa,
se o desejo de estarem juntos chegar a apertar seu coração...
Agradece...
Do céu enviaram-lhe um presente divino: o Amor.
Se um dia tiver que pedir perdão um ao outro,
por algum motivo, e em troca receber um abraço,
um sorriso, um carinho em seus cabelos e os gestos valerem mais do que mil palavras...

Entregue-se:

Vocês foram feitos um para o outro.
Se por algum motivo estiver triste,
se a vida der-lhe um golpe e a outra pessoa sofrer
seu sofrimento, chore suas lágrimas e enxugue-as com ternura...

Que coisa mais maravilhosa:

Poder contar com ela em qualquer minuto
da sua vida.
Se consegue com seu pensamento sentir por inteiro a essa pessoa
como se estivesse a seu lado...

Se pensa que ela é linda mesmo estando com um pijama velho
e com cabelos emaranhados...


Se não consegue trabalhar bem todo o dia,
ansioso pelo encontro marcado para esta noite...
Se não pode imaginar, de maneira alguma,
seu futuro sem essa pessoa a seu lado...

Se tem a certeza de que verá essa pessoa envelhecer a seu lado,
e ainda assim, tem a convicção de que vai continuar
estando louco por ela...
Se prefere fechar os olhos, antes de ver sua partida:

É o Amor que chegou em sua vida.
As pessoas se enamoram
muitas vezes na vida...
Mas poucas são as que amam e encontram o Amor verdadeiro...
Às vezes encontram,
mas por não prestarem atenção aos sinais,
deixam passar o Amor, sem deixá-lo viver verdadeiramente
Não deixe que as loucuras do seu dia a dia deixem você cego para viver a melhor coisa da sua vida...

O AMOR.

Isto é a liberdade: sentir o que o seu coração deseja,

 independente da opinião dos outros.
Paulo Coelho

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O que fica - Cris Guerra



[...]Somos feitos de quem passa por nós. Vamos nos misturando em gostos, aprendizados, histórias. E assim somos um pouco mais o outro, sem deixar de ser cada um de nós.

 E se o tempo é de interatividade sem fronteiras, somos até mesmo quem sequer conhecemos. Somos o que ouvimos, o que lemos, o que vimos. Somos o que nos toca. O que assusta ou preenche. Somos o oposto que choca. Somos o igual que conforta. Sou a peça de teatro a que assisti duas vezes, o filme que me fez chorar, a viagem que não fiz, mas cujas fotos me impressionaram.

 Sou a biografia de alguém que já morreu. Sou o que quero ser. Sou a empregada emburrada que me negava o suco antes do almoço. Sou a lágrima que me corria diante do prato de comida em frente ao suco. Sou o bacalhau disputado. O chefe que bocejava com som de filme de terror. Sou o porteiro que estava sempre de acordo. Sou musical, como o cartão que o amigo do meu avô enviava todo Natal. Sou o show do Prince, a camareira senegalesa do hotelzinho em Paris, o negro curaçaolenho que me indicou o caminho para a ponte. Sou meu professor de redação publicitária e sua risada sarcástica que apavorava os alunos. Sou os olhos brilhando da avó de uma amiga – e sei fazer goiabada da roça. Sou os meninos carentes do Vale do Jequiti- nhonha: seca de abraço. Sou elétrica, mas mora em mim o olhar calmo do professor de ioga.

 E mora a faxineira tristonha, o velho de muletas, o cachorro magro na rua, a perua no alto do carro importado, a fumaça do ônibus, a guerra na favela. Sou o que fica impresso na retina. O que maltrata o coração. O que o bombeia de volta. Sou muitas pessoas e de muitas delas nem sei os nomes. Sou lugares, momentos, cenas, sou o que não aconteceu. Sou frustrações e conquistas.

 Sou a falta de quem deixou de passar por mim. Sou o silêncio do que não li. A ignorância que pergunta. A criança que eu queria ter sido, a velha que quero ser. Cada fato ou alguém que sou me diz um pouco mais de mim. E com tantas novidades sobre mim à minha volta, vivo surpresa. E meus olhos não perdem o viço.
"Há tempo para a calmaria e a serenidade. Mas também há tempo para o turbilhão. Dos escombros se constroem mudanças e começa uma nova obra. Com mais janelas para respirar".

domingo, 22 de maio de 2011

A DECADÊNCIA - por Chico Taranto



Cada vez que vejo o Cruzeiro sofrer uma derrota e os atleticanos
comemorarem como se fosse um título, eu fico um pouco nervoso, mas ao
mesmo tempo me conformo, porque vejo que a única coisa que sempre salva
esses torcedores do ostracismo, está acabando, sem que eles mesmos
percebam: a paixão pelo Atlético.

 Uma torcida que sempre foi reconhecida por ser vibrante e apaixonada,
mesmo nos diversos momentos difíceis.

 A falta de títulos adoentou boa parcela desses torcedores e até mesmo
sua diretoria. Chegaram ao cúmulo de levar uma bandeira do Atlético
para ser exibida por um queniano, campeão da São Silvestre e
recepcionar e comemorar com jogadores do Estudiantes. Aí sim podemos
compreender claramente o sentido de "vergonha alheia".

 Mas os torcedores atleticanos se cansaram de sofrer e esperar por
alegrias vindas do próprio time. Cansaram de ser chacota nacional,
sendo motivo de piada em programas como Pânico, CQC, Zorra Total,
Jornal da Globo e até mesmo na novela das 9.

 Simplesmente deram um basta nisso tudo e assumiram explicitamente que
sua única alegria seria comemorar as derrotas do rival Cruzeiro. A
partir de então, começaram a torcer contra, vestir várias camisas e,
como dizem, "gozar com o pau dos outros". O atleticano hoje, é um
torcedor sem identidade, sem perspectivas e sem vergonha.

 Lamentávelmente, tornaram-se torcedores prosituídos, que um dia torcem
pro Borússia, outro pro Estudiantes, pro São Paulo, pro Palmeiras e
até pro Once Caldas. Não sem razão, essa torcida passou a ser
conhecida como "ARCO-ÍRIS", pois está sempre vestida como uma cor
diferente por não ter time pra torcer.

 A DECADÊNCIA:

 - Nos anos 80, eram maioria e estavam sempre zoando, pois o Atlético
teve uma década muito boa.

 - Nos anos 90, o Cruzeiro cresceu e ganhou vários títulos, mas os
torcedores atleticanos estavam sempre com o mesmo argumento na ponta da
língua: somos campeões brasileiros e vocês não.

 - Após 2003, Cruzeiro campeao brasileiro, Tríplice Coroa e dominando
tudo, os atleticanos perderam seu único e fajuto argumento, que era o
fato de terem sido campeões brasileiros e o Cruzeiro não, mesmo que a
maioria nem tivesse visto esse título.

 Sem argumentos, intensificaram zoações preconceituosas, chamando
torcedores cruzeirenses de Maria e outras coisas. Mas isso é coisa que
toda torcida faz, zoa a outra. O triste é que só restou isso para os
atleticanos. Mas lançaram uniforme rosa, contrataram Richarlyson, etc.
E lá se vai a única coisa fútil que restava para tentar incomodar os
cruzeirenses..

 Vamos refletir sobre:

 O clube Atlético Mineiro:

 - Um time de mais de 100 anos que tem apenas 1 título empoeirado
importante.

 - Time mais zoado do Brasil, chacota nacional até em novela.

 - Deve até as calças e já pediu esmola na tv várias vezes.

 - Já foi rebaixado pra 2a divisão e comemorou o acesso à 1a divisão
como se fosse título.

 A TORCIDA:

 - Numericamente é metade da torcida do Cruzeiro

 - Abdicou do time pra torcer contra o Cruzeiro e ter alguma alegria.

 - Se contenta com 2a divisão e eventualmente ganhar um ou outro
clássico sem importância.

 A vida é assim, às vezes a gente ganha, às vezes a gente perde.

 Perder um título é ruim, perder uma Libertadores é doloroso.

 Mas pra sentir o gosto amargo das derrotas, é preciso conhecer o sabor
das conquistas!

 E essa é a grande diferença entre o Cruzeiro e o Atlético:

 O CRUZEIRO VIVE e nós Cruzeirenses vivemos o Cruzeiro.



 O Atlético apenas existe, insignificantemente, perambulando por aí...




quinta-feira, 19 de maio de 2011

Para ler no caminho



Nas horas tristes, filho, não diga nada. Coloque um silêncio bem alto no aparelho de som. E comece a escrever bem baixinho. (Chorar até que pode, desde que não lhe embace a vista.) Só não pare: tristeza é pra escrever. Tome posse dessa dor que é toda sua. Até que passe e venha outra mais bonita.
Guarde bem o que lhe digo, filho: não se esqueça de sonhar.
Mesmo que o sonho seja pagar a última prestação da geladeira – para então começar a sonhar com o fogão de seis bocas. Cada sonho tem um dono, uma dimensão e um caminho. Mas o sabor da conquista nasceu para todos.
Há quem sonhe ter um filho. Uma casa. Carros. Há quem sonhe fazer mais que ter. Viajar pelo mundo. Voltar com a namorada. Há quem sonhe sair do vermelho. Para depois sonhar com a mansão e o reino. Vale sonhar até com a paz. É sempre um bom jeito de seguir em frente.
Sonhar, sim, é um adianto. Levar consigo um ou dois sonhos grandes, como cães de estimação. Não é de um dia para o outro, não é magia nem clique. É trabalho demorado, do tamanho da alegria de abrir o presente que virá.
 Há quem tenha as coisas todas antes mesmo de sonhar com elas. É gente que vive a vida anestesiado. E a ela assiste como a um filme, em que não há o que ser mudado.
 Ao realizar um sonho, invente logo outro. E assim por diante.
 Saiba desistir também, filho. É nobre a coragem de desistir. A de se reconhecer falível – porque ser infalível é muito chato. Há sempre outro sonho a ser perseguido. E, muitas vezes, é na desistência que mora o sonho, embora muitos de nós não o admitam.
 Desista de méritos bobos, vaidades que não levam a nada. Desista de provar as coisas para si mesmo ou pra mim. Sabemos do que você é capaz.
Mas tome cuidado com o medo, filho. É dele que devemos ter medo. Tudo há para temer. Até mesmo o que não tem chance de acontecer.
 Medo é para nos dar medida, não para nos tapar a vista. Não para nos fazer fincar o pé em plena estrada ensolarada – onde também há de chover. Medo é para que sigamos adiante dele.
Mergulhe. Entregue seu corpo aos dias sem medo do vento. Ouça o seu coração batendo forte para ter a certeza de estar respirando.
E saiba: o que você tem de mais precioso é a sua inexperiência. Ela é o oposto do vazio, é um mundo de possibilidades.
Inexperiência é esquecer esta carta. E, lá na frente, lembrar o que já tinha aprendido. Nunca ter feito é poder fazer muito. E se arriscar sem vícios, traumas ou fobias. É olhar de criança que brinca com o novo.
Inexperiência é uma espécie de coragem. Coragem até para fazer o impossível – justo por não sabê-lo assim.
Já a experiência traz o senso crítico – e é aí que começa o problema. O tal senso monta guarda para lhe impedir de fazer sem pensar. E lhe proíbe o impulso de subir no palco, escrever um livro, ter ideias ingênuas e colocá-las em prática. (Aquelas tais ideias que provocam a clássica pergunta: “Por que eu não pensei nisso antes?”). Com senso crítico, você sempre vai pesar os prós e os contras. E os contras haverão de ganhar.
Você pensa que eu cresci, filho, mas foi só por fora. Continuamos todos crianças, só que formatados para o que deve ser. Permanece o egoísmo, o desejo pelo brinquedo do outro, o ciúme e o não compreender. Ainda insiste a vontade de ouvir histórias. Continuamos querendo atenção – e alguém que nos faça dormir. (A diferença é que a gente disfarça.)
Desista de crescer, fique criança para sempre e não esconda isso. Olhe mais para o sonho que para o medo. Dê algumas boas gargalhadas diárias, imaginando os pulos macios nas nuvens de sonho. Exercite a teimosia do menino que sabe o que quer, para repetir e persistir. Até aprender.
Quero lhe dizer, filho, que muitas coisas virão pelo caminho para lhe tirar o sono. Mas nenhuma delas será resolvida no frescor da madrugada. E, ao adormecer exausto, acorde apenas o motivo bom para acordar no dia seguinte. (E ao abrir os olhos, lembre-se de abrir também um sorriso.)
Esqueça o que lhe tira o sono. Simplesmente durma embalado pela pulsão de acordar amanhã.
Amém!

        Por Cris Guerra

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Fascinação Elis Regina



Os sonhos mais lindos sonhei.
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar, tonto de emoção,
Com sofreguidão mil venturas previ.
O teu corpo é luz, sedução,
Poema divino cheio de esplendor.
Teu sorriso prende, inebria e entontece.
És fascinação, amor.

FELICIDADE



Luis é o tipo de cara que você  gostaria de conhecer".
"Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo  de positivo para dizer". 
    Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a  resposta seria logo:
     "Ah.. Se melhorar, estraga".
Ele era um gerente especial em um restaurante, pois  seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes.
  Ele era um motivador nato.
   Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Luis  estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação. 
 Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia  lhe perguntei:
"Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo". 
   "Como faz isso" ?   
 Ele me respondeu:
"A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo": 
 "Luis, você tem duas escolhas hoje: 
   Pode ficar de bom humor ou de mau humor.
 Eu escolho ficar de bom humor". 
   Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher  bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. 
 Eu escolho aprender algo. 
 Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar  a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida. 
 Certo, mas não é fácil - argumentei. 
   É fácil sim, disse-me Luis.   
 A vida é feita de escolhas. 
 Quando você examina a fundo, toda situação sempre  oferece escolha. 
 Você escolhe como reagir às situações. 
 Você escolhe como as pessoas afetarão o seu  humor.
 É sua a escolha de como viver sua vida. 
 Eu pensei sobre o que o Luis disse e sempre lembrava  dele quando fazia  uma escolha. 
 Anos mais tarde, soube que Luis um dia cometera um  erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã.  Foi rendido por assaltantes. 
 Dominado, e enquanto tentava abrir o cofre, sua mão  tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo.
 Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele. 
 Por sorte foi encontrado a tempo de ser socorrido e  levado para um hospital..     
 Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de  tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.
 Encontrei Luis mais ou menos por acaso.
 Quando lhe perguntei como estava, respondeu:  
"Se melhorar, estraga".  
 Contou-me o que havia acontecido perguntando: 
"Quer ver minhas cicatrizes"? 
 Recusei ver seus ferimentos,  mas  perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do  assalto.
 A primeira coisa que pensei foi que deveria ter  trancado a porta de trás, respondeu.   
 Então, deitado no chão, ensangüentado, lembrei  que tinha duas escolhas: 
 "Poderia viver ou morrer".
 "Escolhi viver"! 
 Você não estava com medo? Perguntei.   
 "Os para-médicos foram ótimos".
 " Eles me diziam que tudo ia dar certo e  que ia ficar bom".     

"Mas quando entrei na sala de emergência e vi a  expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado".  
 Em seus lábios eu lia:
 "Esse aí já era".    
 Decidi então que tinha que fazer algo. 
 O que fez ? Perguntei. 
 Bem.. Havia uma enfermeira que fazia  muitas  perguntas. 
 Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa.   
 Eu respondi: "sim". 
 Todos pararam para ouvir a minha resposta. 
 Tomei fôlego e gritei; "Sou alérgico a balas"!  
 Entre risadas lhes disse:
 "Eu estou escolhendo viver, operem-me como um  ser vivo, não como um morto".     
 Luis sobreviveu graças à persistência dos médicos...  mas sua atitude é que os fez agir dessa maneira.  
 E com isso, aprendi que todos os dias, não importa  como eles sejam, temos sempre a opção de viver plenamente. 

Afinal de contas,
 "ATITUDE É TUDO".

sábado, 14 de maio de 2011

O Que Eu Também Não Entendo



Essa não é mais uma carta de amor 
São pensamentos soltos traduzidos em palavras 
Pra que você possa entender 
O que eu também não entendo 
Amar não é ter que ter sempre certeza 
É aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém 
É poder ser você mesmo e não precisar fingir 
É tentar esquecer e não conseguir fugir, fugir 
Já pensei em te largar 
Já olhei tantas vezes pro lado 
Mas quando penso em alguém é por você que fecho os olhos 
Sei que nunca fui perfeito, mas com você eu posso ser 
Até eu mesmo que você vai entender 
Posso brincar de descobrir desenho em nuvens 
Posso contar meus pesadelos e até minhas coisas fúteis 
Posso tirar a tua roupa 
Posso fazer o que eu quiser 
Posso perder o juízo 
Mas com você eu tô tranquilo, tranquilo 
Agora o que vamos fazer, eu também não sei 
Afinal, será que amar é mesmo tudo? 
Se isso não é amor, o que mais pode ser? 
Estou aprendendo também